segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Importância dos nutrientes energéticos.

Por Daniela Hueb
Especialidade: Nutrologia

As pessoas já estão familiarizadas com estes termos, uma vez que os consomem diariamente. Tanto que alguns leitores já devem estar acostumados, inclusive, a avaliarem a qualidade dos alimentos através da tabela nutricional impressa nas embalagens. É claro que você não vai ao supermercado e compra três pacotes de proteína, duas latas de gordura e um punhado de carboidrato. Não, isso realmente não acontece. Porém, eles estão lá escondidinhos toda vez que você compra, por exemplo, um pedaço de carne, pães, óleos vegetais ou manteiga.

Resolvi desmistificar esses três elementos, pois se consumidos de forma incorreta, eles podem provocar várias doenças, inclusive a mais comum de todas: a obesidade. Somos tricombustível
As proteínas são conhecidas como nutrientes energéticos, de construção e funcionais. Isso devido ao fato delas constituírem as principais partes dos órgãos, das células, dos tecidos e dos nossos músculos. Por ser tão importante para o nosso corpo, uma vez consumido, esse combustível é prontamente absorvido pelo organismo. Geralmente

são encontrados em alimentos de origem animal, como as carnes, queijos e os ovos. Porém, também podem ser consumidos através de alguns vegetais, como a soja, o feijão, a ervilha, a lentilha e o grão-de-bico.

Já os carboidratos, têm função estrutural de armazenamento energético e são capazes de fornecer energia rapidamente ao organismo numa situação de emergência. Deste grupo fazem parte as fibras alimentares, que ajudam a regular o funcionamento do intestino. Eles podem ser estocados em diversas partes do nosso organismo, sendo as mais comuns as regiões onde ficam localizados os músculos e o fígado. Os alimentos ricos em carboidratos são os de origem vegetal, como as massas, os açúcares, os doces, as frutas, os legumes e as farinhas. Nos produtos de origem animal, a quantidade é desprezível.

Por fim, as gorduras são nutrientes utilizados como uma reserva de energia e podem ser utilizadas como uma fonte secundária, principalmente porque são absorvidas de maneira bem lenta pelo organismo. Elas ficam estocadas, em maior quantidade, nas chamadas células adiposas. Existem, no entanto, dois tipos de gordura: as saturadas e as insaturadas. A primeira, trata-se daquele tipo sólido, encontrado em produtos animais, como a gordurinha visível nas carnes, na pele das aves e na manteiga. Já as insaturadas são as líquidas e encontradas mais comumente nos produtos vegetais, como os azeites e óleos, nas azeitonas e nas oleaginosas, como as nozes, as castanhas, as amêndoas e o amendoim.

Mas não termina aí. Há ainda outro tipo famoso de gordura chamada de trans, que são sintéticas e encontradas em qualquer tipo de tranqueira alimentar , como nos doces em geral, nas bolachas e biscoitos em geral, nos pães brancos como o francês e ainda nos sorvetes de massa e na margarina.

Quais são as suas importâncias funcionais?
As proteínas são importantes para a produção de alguns hormônios como a insulina, o glucagon, o hGH (do crescimento) e o da tireóide. Elas fortalecem a imunidade do organismo por aumentar e reforçar cada vez os nossos anticorpos. Podem, ainda, atuar como transporte de algumas substâncias importantes como o colesterol bom. Além de sustentar a pele na forma de colágeno e elastina, as proteínas contribuem na contração muscular, ajudam a aliviar os edemas (os famosos inchaços), aumentando a freqüência urinária. A sua função mais nobre, no entanto, é a de fazer parte do nosso código genético e transmitir as nossas características aos nossos descendentes. Para ter uma idéia, a proteína é o idioma oficial de qualquer organismo vivo.

As gorduras também são importantes para a formação de alguns hormônios, como os sexuais (testosterona, estrogênios e progesterona) e são partes constituintes das membranas que envolvem as células. Elas atuam como solventes das vitaminas solúveis em gorduras, entre elas a A, D, E e K. Além disso, as gorduras são responsáveis por manter a temperatura do organismo e a nossa principal reserva energética.

Já os carboidratos possuem função exclusivamente energética, principalmente para órgãos vitais como o cérebro, o mais ávido por carboidratos. Ajudam também a contrabalancear a freqüência urinária em conjunto com as proteínas e, no caso dos maratonistas, preservam a massa muscular.

Por que o organismo estoca mais gordura do que carboidrato?
Para entendermos essa relação do organismo, vamos fazer uma continha:
1g de carboidrato fornece 4 Kcal.
1g de gordura fornece 9 Kcal.

Vamos supor que você tenha 10 quilos apenas de gordura corporal. Isso significaria uma armazenagem de 90.000 Kcal. Agora, se essa mesma conta fosse baseada em carboidratos, a armazenagem resultaria em menos da metade de energia, apenas 40.000 Kcal. Imagina o que seria acumular 90.000 calorias em carboidratos. Você iria pesar 12,5 quilos a mais, ou seja, um total de 22,5 quilos só em carboidrato contra 10 Kg em gordura, isso com a mesma concentração de energia. E a conclusão já é previsível: Você seria mais pesado.

A hierarquia do aproveitamento nutricional



Quando acabamos de nos alimentar, nosso organismo utiliza aqueles três tipos básicos de nutrientes na seguinte ordem:

1- Absorção das proteínas
2- Absorção dos carboidratos
3- Absorção das gorduras

Em caso de jejum prolongado (por isso o

indicado é sempre se alimentar a cada três horas), a seqüência é modificada:

1- Absorção dos carboidratos
2- Absorção das gorduras
3- Absorção das proteínas.

Um raciocínio lógico
Baseado na hierarquia de aproveitamento nutricional nota-se que, quando acabamos de nos alimentar, conforme falamos anteriormente, o primeiro nutriente absorvido é a proteína. No caso de um jejum prolongado, ela é a última a ser utilizada. Percebe como o nosso organismo trata a proteína com nobreza?

Em seguida vêm os outros dois, porém, os carboidratos estão sempre à frente das gorduras. O que quer dizer: quanto mais se consome carboidrato, menos o organismo aproveita e queima a gordura. E sabe qual a conseqüência? Engorda-se mais facilmente. Isso explica o porquê da dieta equilibrada e saudável ser rica em proteínas, moderada em gorduras e pobre em carboidratos.

Agora que você conheceu um pouco a mais dos três tipos de nutrientes energéticos utilizados pelo organismo, emagrecer de forma saudável pode ser uma tarefa fácil. E só depende de você!



Mesmo sem fazer dietas você costuma controlar a ingestão de carboidrato, proteína e gorduras?

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